Gramática
Quero conjugar o verbo amar na tua boca No tempo presente indicativo da tua pele Calar o tempo no imperativo enquanto deslizo a caneta na folha de papel. Sem regras irei guardar o teu gemido Derrubar parêntesis de prazer e de loucura Na exclamação da tua alma quase nua. No papel, as letras já desbotadas Testemunham a vaga nuvem da tua ausência. O corpo outrora brasa, sente o gelo da distância. Reescrevo a gramática do meu sentir Revejo o gesto nobre e doce da nossa dança Onde tu e eu entrelaçados como ramos Fomos Árvores, Luz e Esperança. Anne